Deixe-me saber que não é tudo coisa da minha cabeça

Dessa vez a história aconteceu comigo. Deixei me guiar pela saudade de um passado e acabei me apegando a um futuro. 
Vou retratar resumidamente a vida de dois adolescentes que são melhores amigos e ambos decepcionados com o amor.
Amélia costumava ser uma garota tímida e desajeitada, sua autoestima era tão baixa que quem se aprofundasse em seus sentimentos saberia que ela estava no fim do poço. Vivia por causa de seu maior sonho. Neste caso não importa qual seja ele. 
As pessoas adoravam brincar com os sentimentos de Amélia. Aparentemente ser tão indefesa e deslocada já eram motivos para zombarias. A garota dos olhos tristes conheceu um garoto. Esse garoto coloriu seu céu, fez com que o mundo tivesse um ar alegre. Ele era a sua solução, a sua prioridade. Mas isso aconteceu apenas na primeira semana. Pobre Amélia! A garota voltou a ser triste e solitária. Tão solitária como a escuridão ao redor da Lua. O que era amor, virou um sentimento de decepção. 
Ela chorava, eram lágrimas capazes de inundar um oceano. Perguntava-se o motivo daquilo tudo. Até que sem perceber conheceu outro garoto que foi entrando aos poucos em sua vida.
Pedro tinha tantos problemas na escola e na família que faltava tempo para amar! O garoto também tinha um sonho assim como todos os adolescentes. Também tinha se decepcionado com o amor, outra coisa muito habitual. Mas Pedro tinha uma coisa que fazia o mundo enxergar seu brilho: preocupava-se com Amélia. Preocupava-se mais do que qualquer outra pessoa. Gostava de enviar fotos sobre seu dia-a-dia para distraí-la dos problemas e elogiá-la como ninguém. Todos diziam que ambos se completavam, mas eles nunca admitiram. Se acreditaram, foi a timidez do momento que não os deixou agir. Acontece que Amélia começou a se apegar tanto que já não conseguia mais viver sem Pedro. A distância não a impedia de amá-lo, nem mesmo a sua falta de afeto. Mas de uma coisa ela tinha certeza: havia um motivo para não ter dado certo com os outros, e esse motivo, era ele. 

História não finalizada na vida real, ou talvez, com um futuro final triste que não precisa ser retratado.